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SteamPunk | SteamCon V - 2017 - Paranapiacaba
Publicação sobre a SteamCon V - 2017 - que foi levada a cabo na Vila de Paranapiacaba, em Santo André, com a presença de entusiastas de todo o país.
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20136
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ago 14 2017

SteamCon V – 2017

Organizada por Raul Candido e Adriana Cabral – respectivamente co-fundador do Conselho SteamPunk e Comendadora da Ordem da Caldeira – a SteamCon V, Convenção SteamPunk de 2017, teve lugar em Paranapiacaba, como em todos os anos desde a sua primeira edição, aproveitando da atmosfera mágica e histórica da vila ferroviária fundada pela The São Paulo Railway Company Limited, em 1874.

Guardando o mesmo charme que tinha no Século XIX, graças ao tombamento em 1987, a vila, situada em Santo André, foi palco, nos dias 5 e 6 de Agosto de 2017, de uma invasão muito bem articulada de viajantes estacionários do tempo, os adoráveis entusiastas do sub-gênero da ficção científica que revisita e celebra uma Era Vitoriana e adjacências alternativa, na qual a tecnologia foi para além dos limites do real e do possível.

Outrora conhecida por Estação do Alto da Serra, a vila de Paranapiacaba foi criada para servir de centro de controle operacional e residência dos funcionários da companhia inglesa de trens que cumpria o trajeto do interior paulista para o porto de Santos e vice-versa, contudo, entusiastas provenientes dos recantos mais distantes do país convergiram para o local, atraídos pelo maior encontro SteamPunk do Brasil.

Coalhado de atrações, stands de artífices nas mais diversas formas manifestações da cultura SteamPunk, palestras, debates e atividades afins, a convenção deu lugar a uma confraternização muito especial que expressou toda a dimensão do que representa o Conselho SteamPunk e a cultura que o grupo promove.

Foram dois dias de alegria, generosidade, cortesia, pluralidade e de tudo o que há de virtude no conceito de Cavalheirismo, despindo-se totalmente do ranço de todos os defeitos que este apresenta, da mesma forma que o SteamPunk Nostálgico perfaz um revisionismo que procura o glamour na Era Vitoriana enquanto critica os revezes que assolaram o mundo e as coisas da época.

Inúmeros foram os merecidos elogios à organização e a ajuda, levada a cabo pelas duas figuras de referência do Conselho SteamPunk em conluio com membros tão ilustres da organização, como Karl Felippe, Alexandre Bader, Carlos Adrian, Enéias Tavares, Isa Alves, André Calixto e grande elenco, bem como menções honrosas a Ricardo Lanes, Paulo Caparica, Clelia Lopes e uma lista de colaboradores que se perde na distância.

Foi contudo testemunhar a dedicação e paciência de mais de cento e setenta entusiastas trajados em seu SteamPlay e ocupando o Teatro do Lyra, que me comoveu mais profundamente, demonstrando o reconhecimento e bom humor dos entusiastas do movimento, que sofreram por infindas dezenas de minutos, de pé e sob os brados de conflitantes tentativas de organização, enquanto a equipe do Livro dos Recordes fazia a contagem e documentação da primeira tentativa do Brasil e superar a extraordinária marca internacional de maior reunião de Steamers a caráter em uma única foto.

E, apesar de não termos batido o recorde atual, de duzentos e vinte oito entusiastas em SteamPlay, o considerável número de Steamers não se abateu e fez a festa no salão, tirou centenas de fotos e se divertiu ainda mais do que nas edições pregressas da maior convenção do gênero em todo o país.

O que começou como um singelo website em 2007, se desdobrou na fundação da organização em 2008 e resultou em dezesseis estados dotados de Lojas regionais e dezenas de Núcleos municiais em cada região, vem se mostrando uma formidável e preciosa trajetória de triunfo do modelo sem líderes e fluido, característico do paradigma Adhocrático, e uma reafirmação cânone Zippie – que é representado por todos os idealistas que apoiam a noção de que é gratificante e de que há virtude em se fazer muito sem, necessariamente, esperar algo em troca.

A festa do SteamPunk nacional deu lugar à promessas surpreendentes, como a websérie “A Todo Vapor”, chancelada por Enéias Tavares; a instigante iniciativa denominada “Escola Retrofuturista”, que busca o valor pedagógico do retrofuturismo na educação; o lançamento do romance “Guanabara Real”, escrito a seis mãos por A.Z. Cordenonsi, Nikelen Witter e Enéias Tavares; a ordenação dos novos Comendadores da Ordem da Caldeira, André Felipe Wielgosz, Naga Riddle e Barbarossa Targas; a entrega da Ordem da Jarreteira para Enéias Tavares; e a entrega da homenagem da Sociedade Literária Retrofuturista para Flávio Medeiros Jr., Fábio Fernandes e Enéias tavares.

Uma convenção cheia de eventos memoráveis, não todos elencados neste artigo e uma reafirmação do alcance e importância dispensada à esta cultura pelo Conselho SteamPunk, pelo sem número de entusiastas presentes no evento e por aqueles que só puderam acompanhar pelas fotos mas que não tiveram a oportunidade de estar lá conosco.

O Conselho SteamPunk, a Loja São Paulo e a organização do evento agradece à prefeitura, aos funcionários municipais, aos estalajadeiros, aos estabelecimentos comerciais da região e aos entusiastas e membros do conselho que estiveram conosco pessoalmente ou “em espírito” para mais esta SteamCon, para mais esta celebração dos ideais que representamos.

Um pequeno exército de fotógrafos corajosa e ativamente cobre a SteamCon desde 2013.
Curtam suas fanpages para incentivar novas colaborações!

Alexandre Bader Krafzik, Armando BruckApolo Sales, Agatha Dracvs, Jacques Royzen, Marcos Sanchez, Roberto Strauss, Bruna Sturz, Joscelin Soares, Jota Jota Rugal, Dirceu Santana.

A foto em destaque nesta publicação é de autoria de Enéias Tavares e tem por modelos Carolina Haddad e Karoru Diniz – expositoras responsáveis pela Cecirelle Cakes.

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Bruno Accioly
conselho@steampunk.com.br

Co-fundador do Conselho SteamPunk, Bruno Accioly é diretor da dotweb - empresa que faz a infra-estrutura de internet da organização - concebeu a iniciativa aoLimiar.com.br, é fundador da Sociedade Literária Retrofuturista e autor de "Crônicas Póstumas".

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